quarta-feira, 26 de novembro de 2008

"O percursor da Liberdade?!" - Notas sobre o primeiro jornal com jeitinho brasileiro


Na rua Andradas, em Porto Alegre, resiste ao tempo um prédio antigo, a antiga sede do jornal A Federação hoje já é museu e responde pelo nome Hipólito da Costa.Muitas são as pessoas que atravessam aquela rua todos os dias, e não tem o conhecimento de que o prédio que se localiza em frente ao Correio do Povo e abriga a história da comunicação do RS também presta homenagem ao percursor do Jornal Impresso no Brasil.

. Embora a imprensa já tivesse nascido oficialmente no Brasil em 13 de maio, com a criação da Imprensa Régia, seu início foi marcado pela primeira edição do periódico. O primeiro jornal publicado em terras brasileiras, a Gazeta, começou a circular em dez de setembro de 1808, no Rio de Janeiro
Antes da chegada da família real, toda atividade de imprensa era proibida no país. Não era permitido publicar livros, panfletos e, muito menos, jornais. Esta restrição era uma particularidade da colônia portuguesa. Muitas outras colônias européias no continente americano já tinham imprensa desde o século XVI.
Mesmo sendo um órgão oficial do governo português, a Gazeta era editada sob censura prévia, que só foi extinta em dois de março de 1821. A imprensa no século XIX não era concebida com o caráter noticiário de hoje e, sim, doutrinário. As notícias que o jornal veiculava eram de interesse direto da corte, pretendendo moldar a opinião pública a favor da realeza.
PORÉM, Alguns meses antes de o governo português publicar seu jornal, Hipólito José da Costa lançou o Correio Brasiliense, em primeiro de julho de 1808, impresso em Londres e trazido clandestinamente para o Brasil. Este jornal tinha caráter ideológico, sua função era “evidenciar os defeitos administrativos do Brasil”, como dizia Hipólito. Hipólito portanto inaugurou o jornal no Brasil, memso ele não sendo impresso aqui por razões de censura, ao contrário da Gazeta que era apenas informática, dos atos da coroa e totalmente estatal e unilateral, da Costa deu ao jornal um papel social, agregou a ele opinião, reflexão e interpretação a respeito do presente.Claro que, sendo o ano 1808, vinda da família real, o jornalismo estando no seu primeiro estágio político-literario era difícil a produção se manter dado a economia deficitária



Gazeta do Rio de Janeiro, rodado em 1808, nas oficinas da então Impressão Régia, atual Imprensa Nacional. Além de atos oficiais da Coroa Portuguesa, aquela edição publicava fatos curiosos, registrados na coluna Repartição da Polícia, como a prisão de uma pessoa, "por vagar pelas ruas, fora de hora".

Nenhum comentário: